A vida não avisa quando vai mudar o tempo.

1

Em um instante, o céu pode fechar, o horizonte pode parecer mais distante e uma tempestade – física ou emocional – pode chegar. Não há como controlar quando os ventos contrários surgem, mas há algo essencial que só cabe a nós: escolher o abrigo.

Diante dos desafios inesperados, o que nos protege não é o medo da tempestade, mas a sabedoria de encontrar refúgio onde há força e paz. Esse abrigo pode ter muitas formas: uma prece silenciosa, o aconchego de um bom livro, o acolhimento de uma conversa verdadeira, um sonho que insiste em não morrer, ou a presença de pessoas que são porto seguro nos dias mais turbulentos.

A reflexão propõe uma inversão do olhar: não se trata de evitar as tempestades, mas de saber enfrentá-las com proteção emocional e espiritual. O segredo não está em tentar controlar o tempo lá fora, mas em nutrir o abrigo que construímos dentro de nós – com fé, com afeto, com propósito.

“Hoje, qual abrigo você escolherá?”
Essa pergunta encerra o texto como um convite direto e sensível. Para quem sente que os dias têm sido difíceis, ela soa como uma lembrança de que a força para resistir está nas pequenas escolhas. Buscar esse abrigo não é sinal de fraqueza, mas de sabedoria. Afinal, até os mais corajosos precisam de um espaço para respirar, se recompor e seguir em frente.

Que cada um possa reconhecer e cuidar do seu próprio abrigo – não para fugir das tempestades, mas para atravessá-las com mais firmeza e esperança.