Cerâmica brasileira é referencia mundial

20

Um levantamento divulgado pela MECS/Acimac sobre o mercado global de pisos cerâmicos revela um dado que quebra um mito comum no varejo: o Brasil não está entre os 20 maiores importadores de pisos cerâmicos da China. Ao contrário do que muitos acreditam, o país não depende de produtos chineses para abastecer o mercado interno.

Em 2024, as exportações chinesas de pisos cerâmicos caíram 30,4% em valor. Os principais destinos foram Filipinas, Indonésia, Malásia e Emirados Árabes Unidos. O Brasil sequer aparece na lista — e essa ausência é estratégica.


O Brasil figura entre os maiores produtores mundiais de revestimentos cerâmicos, com polos industriais consolidados em Santa Gertrudes (SP), Criciúma (SC) e no Norte do Paraná. Marcas como Portobello, Eliane, Incefra, Incopisos, Lef, Cristofoletti, Embramaco e Delta abastecem o mercado nacional com produtos de alta qualidade, ampla variedade, logística ágil e tecnologia avançada.

Escala e autossuficiência
Especialistas do setor apontam que o tamanho e a capacidade produtiva do parque fabril brasileiro tornam inviável — e desnecessário — depender de importações em grande escala. A produção nacional supre a demanda interna e ainda exporta para diversos mercados, fortalecendo a balança comercial e garantindo preços mais competitivos.

O dado, reforçado pelo relatório internacional, é visto como mais uma prova da competitividade brasileira no segmento e desmonta a ideia, repetida entre consumidores e até no comércio, de que “todos os porcelanatos vêm da China”.