
Com sua tradicional sensibilidade humanista e foco em saúde emocional, o psiquiatra e escritor Dr. Augusto Cury fez um alerta importante sobre a geração “nem-nem” — jovens que nem estudam, nem trabalham. Ele destaca que esse grupo representa cerca de 20% dos jovens no mundo, vivendo à margem da sociedade, tomados por desânimo, solidão e falta de propósito.
“É preocupante saber que, em todo o mundo, dezenas de milhões de jovens não estudam nem trabalham. Estão desmotivados, sem garra, sem perspectivas”, afirmou Cury.
O autor de best-sellers como O Vendedor de Sonhos também citou o exemplo do Japão, onde os chamados “hikikomoris” — pessoas que se isolam totalmente — somam números expressivos. Segundo dados do governo japonês, mais de um milhão de pessoas vivem em isolamento social prolongado. A maioria tem entre 15 e 64 anos e vive sem contato social, sem sair de casa ou interagir com amigos e familiares.
“Infelizmente, muitos deles estão digitalmente intoxicados. Vivem uma solidão tóxica, silenciosa e profunda”, lamenta Cury.
Soluções práticas: academias da emoção e empreendedorismo
Para reverter esse quadro, Dr. Augusto Cury defende a criação de “academias de gestão da emoção” em todo o mundo. Segundo ele, é essencial que jovens e adultos aprendam a se proteger das armadilhas da mente, a desenvolver inteligência emocional e encontrar novos caminhos de realização.
Além disso, propõe a criação de “academias de empreendedores”, espaços onde os jovens possam sonhar, criar e lutar por seus objetivos, reconectando-se com o mundo e reencontrando o sentido da vida.
Um movimento apolítico, humano e global: Walking Together
Como proposta concreta, o psiquiatra convida todos a conhecerem o projeto “Walking Together”, um movimento global, sem bandeiras políticas ou ideológicas, que busca unir pessoas em nome do amor à humanidade. “Precisamos ajudar essas pessoas a terem propósito em suas vidas, não se curvarem à dor e não terem medo de falar o que sentem e pensam”, conclui Cury.