
Promotor de Justiça de Presidente Prudente Marcelo Creste resgata lições históricas de figuras como Hitler, Mussolini e Stálin para alertar sobre os riscos de uma sociedade que abdica da crítica em nome da veneração a líderes.
Em um artigo contundente publicado no jornal O Imparcial desta quinta feira (4), o promotor de Justiça de Presidente Prudente Marcelo Creste traz um alerta sobre os perigos da idolatria política. Segundo ele, a democracia se sustenta na crítica e na cobrança, e sempre que esses pilares são abandonados em favor da veneração a um líder, “abre-se um caminho perigoso que a história já mostrou onde termina: no autoritarismo e na violência”.
Marcelo Creste lembra que a história recente está repleta de exemplos trágicos. Na Alemanha, a adoração a Adolf Hitler “destruiu a capacidade crítica de milhões de cidadãos e abriu espaço para a barbárie nazista”. Na Itália, Benito Mussolini usou a exaltação popular para consolidar o fascismo, enquanto na União Soviética, o culto a Josef Stálin permitiu perseguições e milhões de mortes.
Lições da história e o papel do cidadão
Para o promotor, os exemplos históricos, que incluem também o culto a caudilhos na América Latina, revelam uma verdade simples: “político não deve ser idolatrado, mas cobrado”. Ele defende que governantes existem para servir, prestar contas e responder à sociedade, e não para serem vistos como salvadores da pátria.
Creste enfatiza que a idolatria política é o “caminho mais curto para o abismo”, pois transforma líderes em figuras acima da lei e das instituições. A democracia, segundo o promotor, só se fortalece quando o cidadão assume sua responsabilidade de fiscalizar e cobrar, sem entregar a própria consciência ao carisma de um líder.
O artigo encerra com uma mensagem urgente e direta: “Líderes passam, instituições ficam — e cabe ao povo garantir que continuem a servir ao interesse público, e não o contrário.”
