Paiane, o zagueirão que  marcou era de ouro da Prudentina

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Na manhã deste domingo (10), Presidente Prudente se despediu de um dos seus maiores nomes do futebol: Celso Paiane, o zagueiro que vestiu com orgulho a camisa da Associação Prudentina de Esportes Atléticos (APEA) e ajudou a escrever algumas das páginas mais gloriosas da história do clube. Aos 87 anos (completaria 88 no final do ano), Paiane partiu, deixando um legado de raça, técnica e amor pelo esporte. Deixou a esposa Terezinha, e os filhos Claudia Paiane e Marcelo Paiane.  O sepultamento foi na segunda-feira (11), de manhã,  no Cemitério São João Batista.

Nascido em Regente Feijó, em 28 de novembro de 1938, Celso Paiane chegou à APEA em 1958. Começou como volante, mas sua versatilidade o levou a atuar também como zagueiro, função na qual se destacou pela firmeza na marcação e pelo espírito de liderança. Logo, tornou-se peça-chave da equipe que encantou a cidade e rivalizou com os grandes da capital paulista.

Seu nome está gravado na memória coletiva de Presidente Prudente por momentos inesquecíveis. Um deles foi o jogo de 5 de dezembro de 1961, no Estádio do Pacaembu, quando a Prudentina venceu a Ponte Preta por 2 a 0 na prorrogação, garantindo o acesso à divisão especial do Campeonato Paulista.
Outro capítulo marcante ocorreu em 1958, num amistoso contra o Santos de Pelé. A partida terminou empatada em 3 a 3, mas a fotografia tirada após o jogo — com o “Rei” ladeado por Paiane e pelo companheiro Vicente — virou símbolo de uma era em que o “Búfalo do Oeste” jogava de igual para igual com os gigantes do futebol.

Fora dos gramados, perto da cidade
Encerrando sua carreira como jogador em 1965, Celso Paiane optou por permanecer em Presidente Prudente, onde construiu sua vida ao lado da família. Pai de dois filhos e avô de dois netos, manteve-se como figura querida e respeitada por todos que o conheciam, seja pelo passado nos campos ou pela simplicidade no convívio diário.

Uma memória que o tempo não apaga
Com sua partida, encerra-se um capítulo importante da história esportiva local. Mas as lembranças de Celso Paiane — suas jogadas, seus duelos, suas vitórias e a forma como representou a cidade — permanecem vivas na memória dos torcedores e na história de Presidente Prudente. O “zagueirão” que ajudou a colocar a Prudentina no topo jamais será esquecido.