“Prudente é minha terra, é minha casa”, diz Dinnal

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Dinnal Cruz concedeu entrevista exclusiva para a Revista Domingo, pouco antes da estreia de sua carreira solo, no dia 30 de junho, no Japan Tower, em São Paulo.

Por: Francinara Nepomuceno

REVISTA DOMINGO: Dinnal, qual é sua expectativa para o show de hoje?

DINNAL CRUZ: É grande! Hoje vamos cantar para a imprensa, formadores de opinião e amigos. São Paulo é onde tudo acontece e todo cantor quer se apresentar aqui. O Japan Tower é da Lilian Gonçalves, filha do saudoso Nelson Gonçalves; considerada a rainha da noite, ela é quem está apadrinhando todo o evento.

REVISTA DOMINGO: Então hoje é o seu show de estreia?

DINNAL CRUZ: Sim! A vida toda eu cantei com o meu irmão e nunca pensei em formar outra dupla. Aconteceu o “Não se vá” porque precisávamos de uma voz feminina, mas já tenho seis músicas gravadas a solo. Estamos em fase final com uma gravadora multinacional, então tem muita coisa boa acontecendo. Estou imensamente feliz! Agradeço a Deus, à minha família, minha equipe e a todos vocês.

REVISTA DOMINGO: Você retornou para resgatar o sertanejo romântico? O que pensa sobre as novas gerações do ritmo?

DINNAL CRUZ: A intenção é essa mesmo, até porque é uma questão de estilo. Como cantor, eu sou muito grato às duplas universitárias, pois elas quem mantiveram a referência do sertanejo quando tudo parecia estar sendo esquecido naquela época que perdemos o Leandro (irmão de Leonardo), o José Rico, o Trio Parada Dura, João Mineiro e Marciano, dentre outros. Eu sou um grande admirador do Jorge (Jorge & Matheus) e tive o prazer de conhecer pessoalmente a Marília Mendonça. Certa vez eu estava em Goiânia e encontrei a Marília em um restaurante. Como minha filha é fã incondicional dela, pedi um autógrafo; muito simpática, ela fez mais, gravou um vídeo para a Ana Laura e depois foi nas redes sociais e comentou. Então isso foi uma grande lição de humildade e carinho com os fãs.

REVISTA DOMINGO: Qual música da sua carreira que você considera coringa?

DINNAL CRUZ: Em 1988, fomos um dos primeiros a gravar uma versão de “Debaixo dos caracóis”, do Roberto Carlos, e o público amou! Quando teve a volta do Dinnal & Dorival em 2021, gravamos uma música composta pelo meu irmão chamada “Só uma palavra”; essa música quase bateu 1 milhão de visualizações no Youtube. Hoje, é a “Não se vá”, que com três dias de lançada, teve 2 milhões de visualizações e agora ultrapassa os 3,1 milhões.

REVISTA DOMINGO: Quem é a sua referência musical?

DINNAL CRUZ: Com certeza o meu pai e os meus tios que formavam os Seresteiros do Brasil. Tanto que escolhi “Não se Vá” por causa dele.

REVISTA DOMINGO: No tempo em que ficou afastado dos palcos, como foi trabalhar com o marketing esportivo?

DINNAL CRUZ: Sempre achei que vender é uma arte. Quando paramos a dupla em 2007, a minha esposa, Anagela, estava grávida da Ana Laura, e eu precisava trabalhar. Fui trabalhar com propaganda na Rádio Globo e depois na gráfica Imagem, ambas em Prudente. Um dia, um amigo, o “Tupãzinho”, que me conhecia desde a época do time Opec, me convidou para trabalhar com o marketing esportivo. Primeiro fui para o Grêmio Maringá F.C, depois Bragantino F.C, Paraná F.C., e fiz uns trabalhos no Corinthians e Inter de Limeira.

Dinnal com sua esposa, Anágela

REVISTA DOMINGO: Foi nessa época que você mudou para Peruíbe?

DINNAL CRUZ: Eu morava em Maringá e viajava para trabalhar esporadicamente em Bragança Paulista, no Bragantino F.C. Até que fui convidado para ficar de vez no time e morar lá. Mas a Anagela sempre quis morar na praia e Peruíbe tem o segundo melhor oxigênio do mundo. Mudamos para lá e continuei no Bragança F.C. Hoje faz quatro anos que moramos em Peruíbe e não queremos mais sair de lá.

REVISTA DOMINGO: Qual é o momento mais marcante em sua carreira?

DINNAL CRUZ: A primeira foi quando ganhei o festival “A mais bela voz colegial” na Escola Plácido de Braga Nogueira, no Parque Alvorada, cantando a música “Pensamento”, do Giliard. Outros, por exemplo, como o lançamento do primeiro disco; quando cantei “Cabocla Teresa” no Viola, Minha Viola (TV Cultura); o recebimento de Título de Comendador na Câmara Municipal de Presidente Prudente… E a mais recente foi esses dias, quando cantei o Hino Nacional à capela na Assembleia Legislativa em um evento da Associação Paulista dos Colunistas Sociais.

Dinnal e sua filha, Ana Laura

REVISTA DOMINGO: A Anagela foi quem te motivou a retornar?

DINNAL CRUZ: Sim! Eu gosto muito de cozinhar ouvindo música. E toda vez eu chorava. Um dia ela chegou para mim e disse que não aguentava mais me ver chorar, e a minha filha me falava: “papai, eu nasci para te ver cantar”. Elas me pediram para eu voltar aos palcos. Em 2020, o maestro Pinocchio foi em casa e também me convenceu. O Pinocchio foi arcodeonista nosso em 1988, quando gravamos “Debaixo dos caracóis”.

REVISTA DOMINGO: Como você conheceu a Josiane Moura?

DINNAL CRUZ: Quem grava os meus clipes é a Calango Filmes, que também produz Gustavo Lima, Lucas Lucco, Maiara & Maraísa… E o Diogo, um dos sócios, que sabia da minha vontade em gravar “Não se vá”, foi quem me apresentou a Josiane. Ela viralizou um vídeo cantando a música “A gente fica sem se amar”, enquanto dava banho no filho. Quando eu ouvi a voz dela, eu disse: “achamos a voz!” Fui para Goiânia e gravamos em apenas 12 minutos. Nascemos para cantar “Não se vá”.

Dinnal e Josiane Moura, no dueto Não se vá

REVISTA DOMINGO: E “Quem é que tá aí?”

DINNAL CRUZ: Essa música é uma composição do Marcelo Melo e é minha próxima de trabalho. Nós gravamos o clipe em Barra Bonita, sob a produção do produtor Davi Alan.

REVISTA DOMINGO: Que recado você deixa para os prudentinos?

DINNAL CRUZ: Prudente é minha terra, é minha casa, e está rodando a minha música em todas as rádios. Para mim é uma emoção indescritível. Quero muito em breve fazer um show para todos vocês.