
“Somos espertos! É só tirar o chip que a polícia não acha nós!”. A frase, dita por um criminoso com tom de confiança, caiu por terra poucos minutos depois — quando ele foi localizado e preso pelas autoridades. A situação ilustra um erro cada vez mais comum entre infratores: acreditar que trocar o chip do celular os torna invisíveis.
Segundo especialistas em segurança digital, o que se rastreia hoje não é apenas o número do telefone, mas o aparelho em si. Cada celular carrega um código único, o IMEI — uma espécie de impressão digital eletrônica que permite seu rastreamento com autorização judicial, mesmo em tentativas de ocultação.
A polícia conta com uma série de recursos avançados:
- Triangulação de antenas para identificar a localização do aparelho;
- Análise de padrões de uso;
- Acesso a dados armazenados na nuvem, mesmo que tenham sido deletados;
- Cruzamento de informações com bancos de dados públicos e privados.
“Trocar o chip é uma solução infantil, digna dos tempos em que celular servia só pra ligação. Hoje, a tecnologia avança junto com a investigação. Quem pensa que vai sumir, acaba visível — na viatura”, disse um investigador.
A recomendação das autoridades é clara: quem quer andar fora do alcance da lei, uma hora será alcançado. E sem truques de 2005 que funcionam apenas em grupos de WhatsApp. Chip trocado não apaga digital.